sábado, março 06, 2010
Sapere aude
Immanuel Kant foi um filósofo considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna.
Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. O filósofo define a palavra esclarecimento como a saída do homem da sua menoridade. O homem é responsável pela sua saída da menoridade. Kant define a menoridade como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento. Segundo Kant, os motivos para o homem permanecer na menoridade se devem ao fato de ele não ousar pensar. A covardia e a preguiça são as causas que levam os homens a permanecerem na menoridade. Um outro motivo é o comodismo. È bastante cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que exista pessoas e objetos que pensem e façam tudo por eles e que tomem decisões por eles. É mais fácil que alguém o faça, do que fazer determinado esforço, pois já existe outros que podem fazer por mim. Os homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas, são incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas. Kant afirma que é dificil para o homem sozinho livrar-se dessa menoridade, pois ela se apossou dele como uma segunda natureza. Aquele que tentar sozinho terá inúmeros impedimentos, pois seus tutores sempre tentarão impedir que ele experimenre tal liberdade. Para Kant, são poucos aqueles que conseguem pelo exercício do próprio espírito libertar-se da menoridade. Bem, vou ali tentar perder 15 kilos, em pleno sábado chuvoso e já volto. quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Polímata
Um polímata (do grego polymathēs, πολυμαθής, "aquele que aprendeu muito") é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Em termos menos formais, um polímata pode referir-se simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. Muitos dos cientistas antigos foram polímatas pelos padrões atuais. Lambert Adolphe Jacques Quételet foi matemático, astrônomo, estatístico e sociólogo, precursor do estudo da demografia e criador do índice de massa corporal (demografia e índice de massa corporal, diferente mesmo né?) O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado se sua altura, onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros. Existem algumas limitações ao utilizar o IMC para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem ter IMC alto e não serem gordas. Nunca pratiquei exercícios para perder peso. Isto era uma consequência muito bem-vinda por sinal. Ao aplicar uma sequência de treino, nunca lembro-me dos instrutores me perguntarem sobre os desafios, se era participar de um Iromnan ou caber naquele vestido. Percebi no último ano, que a simples pergunta deveria ser a primeira de muitas. Informações cardiovasculares e respiratórias deveriam ser as seguintes. Algo simples do tipo: moça vamos ver se você pode mesmo completar a lista de exercícios sugeridos. Como consequência do não conhecimento de informações básicas além da idade e peso, as pessoas podem se machucar por não conhecerem como deveriam a capacidade de seu corpo. Treinos mal planejados, com cargas ou intensidades acima da capacidade individual do praticante podem acarretar dores indesejadas e lesões inesperadas. Antes de montar uma lista de sequência de atividades as perguntinhas básicas seriam únicas e renderiam saúde, mais que a sequência de exercícios proposta. Então, não perca tempo treinando sem planejamento, se você pode treinar sob orientação de um profissional capacitado para auxiliá-lo durante o seu treinamento. Mas antes disso, procure um médico cardiologista. Achei que contar com um profissional de educação física prescrevendo um treinamento seria o bastante. Ele definia uma determinada frequência de cadência na pedalada mas nunca me explicou para o que servia. Mas nunca me importei, eu simplesmente pedalava. Acontece que um dia caí durante o treino. Tombo feio que ocasionou traumatismo craniano, clavícula quebrada, 10 dias em coma, 49 de internação e muita perocupação para minha família. E talvez tudo isso poderia ter sido evitado se eu pudesse ter me conhecido um pouco melhor. Então lá vai: Meu nome é Carla Tenho 33 anos 74 kg (tudo isso com 8 meses de sedentarismo), 1,69 de altura 38,72% de gordura (sendo que o ideal para minha idade e medida são 21%) Eficiência cardiovascular (Tfm/DP) 17,65 VO2 Máximo - l/min: 2,29 / ml/kg/min: 28 - 33 F.C - 172 máxima terça-feira, janeiro 19, 2010
O impossível acontece
Acho que ainda não estou habilitada a andar de bicicleta. Mais de 02 anos depois do acidente, aconteceu outro, e esse em maior dificuldade e possibilidade de nunca mais escrever sobre o tema.
Simplesmente desmaiei enquanto treinava, bati a cabeça aos 30 km/h, tive traumatismo craniano, 10 dias em coma induzido, distenção do nervo ciático que ocasionou muita dor. Por hora só na sacada no rolo. sexta-feira, dezembro 21, 2007
Habitação
Uma casa ou uma residência é, no seu sentido mais comum, uma estrutura artificial construída pelo ser humano cuja função é constituir-se de um espaço de moradia para um indivíduo ou conjunto de indivíduos, de tal forma que eles estejam protegidos dos fenômenos naturais exteriores, além de servir de refúgio contra ataques de terceiros. Apesar de seu caráter artificial em relação às construções naturais, originalmente o homem utilizou-se de formações naturais, como cavernas, para suprimir as demandas de uma residência, porém estas estruturas tendem a caracterizar-s mais como um abrigo que como um lar. Neste sentido, a casa é entendida como a estrutura que para além de constituir-se como abrigo, define-se como uma construção cultural de uma dada sociedade. A residência, portanto, corresponde ao arquétipo da habitação — termo que normalmente é empregado por especialistas para ser referir genericamente ao ato de morar e às suas várias possibilidades e configurações, enquanto a casa é entendida como o objeto da moradia. Fonte: Wikipedia Então sábado foi a primeira reunião de condomínio para eleger o síndico. Todo mundo lá, sala cheia e olhos buscando entender como seriam os novos vizinhos. Aquele tem cara de chato, aquela outra de festeira. Quem será que vai abrir a porta do carro e riscar o seu na garagem? Quem daquelas pessoas seriam meus vizinhos de andar, de parede? Quem será que mais pretende utilizar a sauna? Aliança de noivado na mão de alguns, será que planejam o casamento para 2008? E aquela senhorinha no canto? Será que vai morar sozinha? Ironicamente, logo ao lado o meu vizinho do apartamento do lado. Ele: Olá, eu sou do 42322345 e você? Eu: Do 42322346. Ele: Que bacana! Encontrei minha vizinha! Prazer! Preciso te informar que tenho uma banda de rock e tocamos toda sexta. Eu: Não tem problema, meus três pinschers vão gostar de ter cia. Ele ficou mudo e com um semblante de quem estava ouvindo algo que não agradara por um momento e em seguida perguntou se era sério o fato dos cães. Eu disse que era tão sério quanto o fato dele ter uma banda. Rimos e continuamos a tentar prestar atenção naquele papo de documentação, regras, do and dont´s. Tudo isso causa uma sensação estranha e traz uma responsabilidade igualmente incompreensível. Quando seus gastos são maiores, é desesperador pensar em não ter verba. É mais do que simplesmente cancelar o curso de inglês ou deixar de comprar aquele DVD porque não se têm dinheiro. Uma nova vizinha durante a degustação de quitutes oferecidos na ocasião arriscou sem grandes demonstrações maiores de status, em perguntar se eu ia pagar tudo assim como ela. Eu disse que não. Mas eu senti que aquilo era tão natural pra ela, esse: ah eu tenho um dinheiro guardado e vou pagar ao invés de deixar embaixo da cama antes que valha o mesmo tanto que alguns contos de réis. E eu ali pensando nas próximas 345433405632 parcelas que me esperam. Lembro que meus pais utilizaram por mais de 20 anos moradia alheia para fugir da chuva e do frio, mediante pagamento mensal. Lembro-me daquela sensação de entrar, em 1989, naquele espaço que me disseram que seria nosso. Eu perguntei: Esse é meu quarto? Sim, foi a resposta que ouvi à época. Só se você limpá-lo direitinho. Eu guardei esta frase muito bem e a levei comigo. No sábado, pensei e disse mentalmente. Esse apartamento é meu? Sim, só se você pagá-lo direitinho. quinta-feira, novembro 08, 2007
CEP
A minha rua tem 3 hotéis, 3 mercados, 1 shopping, 2 quitandas, 1 bomboniere, 5 estacionamentos, 1 igreja, 1 locadora, 1 pastelaria, 6 bares, 3 padarias, 1 ponto de ônibus e 2 de táxi, 1 cursinho, 1 cartório, 1 loja de roupa, 1 dessas casas de jogo do bicho disfarçada de assistência técnica de eletrônicos, 2 lava-rápido, 1 lavanderia, 1 casa de repouso, 1 loja de tudo por quase R$1,99, 1 loja verdadeiramente de assistência técnica, 1 locadora de veículo, 1 mecânico, 1 sauna (ui) e 3 prédios em construção. Tudo isso em menos de 3 kilômetros de extensão. A cada dia que passo a pé por lá, descubro sempre coisas novas. Sim, isso é possível.
sexta-feira, junho 29, 2007
Promoção Casada
Lá estava eu navegando por um site, olhando sem pretensões maiores preço de fogão. Acho bacana ter um fogão bonito na cozinha. Fogão e geladeira. Fogão, geladeira, mesa (quando couber), microondas (se o orçamento permitir). Fogão, geladeira, mesa, microondas e um bom purificador de água. Aquele troço enorme e sujo por fora que virou coqueluche em todo lugar é algo caro e dispendioso. Faz uma molhadeira e dá trabalho. Liga para o cara que vende, pedir para que ele traga (torcer para que o dito não se atrase e complique seus horários), separar dinheiro contadinho porque você esqueceu de pedir troco, descer até o térreo e colocar uma blusa decente só para que ninguém te despeje do prédio, lavar por fora e tentar minimizar a sujeira, serrar o lacre e rezar para que a pontaria seja boa ... muita informação. Então é isso: Fogão, geladeira, mesa, microondas e um bom purificador de água para uma cozinha moderna e sem frescura. Eu até dispenso a lava-louça. Não tenho problemas em lavar pratos e copos. Eis que segue o diálogo abaixo após deparar-me com a seguinte promoção: Eu: Hahaha ... não tô acreditando! Olha a promoção casada desse produto ... rs. Qual a lógica, enquanto a comida fica pronta, vc evita filhos? Rs Ele: Hahahaha! Adorei Eu: Gente ... não podia ser uma coisa mais adequada? Tipo, fogão + assadeira Ele: Eu gostei, foram criativos, e pense que de fato isso acontece, carne assando no forno enquanto se tem orgias na cama! Eu: É, carne demora pra ficar pronta né? Dá tempo de fazer um monte de coisa Ele: Já fiz tanto disso! Eu: Eu aproveito pra ver a novela ... rs Ele: Ai, 4 anos de casa da nisso! Eu: Não é nem isso. O dia é tão atribulado que a gente tem que "otimizar" o tempo livre, então enquanto a comida fica pronta, é a roupa que precisa ser estendida, a louça que precisa ser lavada, e dá pra ouvir a novela da cozinha enquanto isso. Daí quando algo emocionante acontece, são as mãos cheias de sabão, pingando no chão da sala que são responsáveis pelo momento emocionante enquanto a carne fica pronta Ele: Não troco uma gozada por um pia de louça. Ela que espere! Rs Eu: Quem sabe um dia quando a pia estiver limpa ... quarta-feira, junho 20, 2007
Ela, a bicicleta
A Race Across America, considerada a maior prova de ciclismo ultra-distância do mundo, começou há mais de uma semana (domingo, 10/6). Esta é a 26ª edição da prova, que corta os Estados Unidos de costa à costa, passando por 15 estados em um percurso de 4.897 km, algo em média de oitocentas mil pedaladas. A estratégia de prova, com descanso e alimentação, é de cada atleta, que terá até 12 dias para cruzar a linha de chegada. A largada será Ocean Side, na Califórnia e o final em Atlantic City, em Nova Jersey, indo do Oceano Pacífico ao Atlântico. Segundo a organização da prova, os 24 competidores solo (a prova pode ser feita sozinho, em dupla ou em grupos de 4 e 8, que revezam entre si) irão pedalar uma distância combinada equivalente a circundar a terra na linha do Equador por quatro vezes. Em 1991, a revista americana Outside desenvolveu um critério para classificar as competições mais difíceis do mundo. Entre estes critérios, o AGONY INDEX servia para descrever o quanto os participantes sofriam durante a competição. A Race Across America foi a a vencedora no quesito "agonia pura". Na categoria solo individual, considerada a mais exaustiva de todas, existem 2 brasileiros competindo pela expectativa de ser o primeiro sul-americano a completar o desafio na categoria solo. Para se ter uma idéia, a prova deste ano já tem um campeão, que pedalou médias diárias de mais de 500 kilômetros, dormindo menos de 4 horas por dia (vai por mim que é mta coisa ... até de carro rodar distâncias como estas cansam ... imagina de bicicleta?). A norte-americana Kerry White, única das cinco mulheres que iniciaram a prova na categoria solo que ainda estava na disputa, desistiu nesta terça por esgotamento físico. Muito poucas mulheres praticam ciclismo. Para se ter uma idéia, numa prova amadora realizada recentemente, de 500 participantes, 20 eram mulheres. Acho que devem considerar um esporte agressivo e excessivamente masculino. Minha paixão pelo ciclismo vêm de cedo. Da primeira bicicleta aos 6 anos. Na adolescência ela continuou a me acompanhar. Ia para o SESC nos domingos de verão, quando o dinheiro permitia, com a minha amiga magrela, ir até a casa das minhas amigas de colégio fazer aqueles trabalhos que tomavam tardes inteiras de bicicleta. Meu namorado à época tentou me acompanhar, mas estava sempre cansado pra pedalar. - Tudo bem, vá de ônibus e a gente se encontra lá, eu dizia. Claro que eu podia ir com ele, mas e o prazer de sentir o vento no rosto, de desbravar aquela subida interminável, de chegar antes de todo aquele povo que demorava uma eterninade pra descer o que eu fazia em segundos de bicicleta? Depois veio a faculdade e com ela a responsabilidade de tentar ser gente grande. Trabalho, dinheiro curto e às idas ao SESC não estavam sendo o suficiente. Eu queria mais, mas tinha poucas oportunidades. Pra onde ir? Qual companhia? É longe e eu não posso ir pedalando, pegando avenidas tão perigosas. Minha amiga ficou lá, encostada, enferrujando. Alguns anos depois, reencontrei o desejo e a possibilidade de pedalar. Comprei outra bicicleta, duas na verdade, para que minha cara-metade me acompanhe. E não é que deu certo? Grupos de passeio, treinos, amigos ciclistas, trilhas, circuitos, gostos em comum ... fui descobrindo um pequeno universo à parte, o mundo que eu queria ter conhecido a alguns anos atrás, mas não tinha possibilidade. E é muito bom poder fazer tudo isso com alguém que te acompanhe e respeite a paixão pelo esporte. O acidente não me tirou o gosto, mas me deu prudência e consciência de que os acidentes podem fazer parte de quem gosta da vida vista de cima de uma bicicleta (o ciclismo é considerado um dos esportes mais perigosos do mundo, vá no youtube e procure por videos de ciclismo ... a maioria mostra tombos e acidentes ...). A maior mudança de todas foi no cotidiano. Os amigos entenderem (ou não) frases como: preciso ir, amanhã tem trilha cedo, ou ainda perguntarem valores de peças e acessórios e não entenderem como é possível não preferir uma bolsa ou outro item, preferir estar com um grupo que eu nem sei direito como são se estiverem sem capacete a estar fazendo qualquer outra coisa com pessoas que sabem se prefiro com ou sem açúcar. Não pretendo competir em um evento como a RAAM, conheço meus limites, mas admiro atletas que o fizeram, pela obstinação e acima de tudo, pelo amor ao pedal. E disso eu entendo. Fonte - http://www.lost.art.br/raam20.htm quinta-feira, maio 17, 2007
Trânsitos
Sol na casa 12, lua na casa 1 - De acordo com o site Personare Trânsitos são interpretações feitas considerando as posições dos planetas do momento presente em relação às posições planetárias do mapa de nascimento. Revelam o momento em que se vive agora, o que está acontecendo internamente, para que seja possível compreender melhor quais as possibilidades de realizar o que deseja no mundo exterior. Depois do acidente tanta coisa aconteceu. Às vezes me pego pensando se isso deve ter alguma mensagem especial, daquelas do tipo: não desista de pedalar, a Tour de France te aguarda, ou ainda, procure aquele asilo e faça sua boa ação, antes que seja tarde. Antes que seja tarde ... mas o tempo passa tão rápido, não tão raro em uma conversa de boteco frases como: nossa, já faz tanto tempo que nos conhecemos vêm à tona. E esses dias fiquei pensando nos amigos, aquela família que a gente escolhe. A quantas andam, se os projetos discutidos nos mesmos botecos a alguns anos atrás estão vingando ou não, se estão felizes e do quanto eu participo de alguma coisa em suas vidas. Alguns se foram, outros novos chegaram e com a mesma intensidade ocupam alguma coisa por aqui. Daí é um exercício que eu não faço a algum tempo, ter que trabalhar coisas desagradáveis que passaram, como o acidente, ou alguma situação com alguém que não faz mais parte do dia-a-dia. Só quando eu leio coisas sobre deixar de pensar nisso, que eles teimam e passar por aqui. Minha lição de tudo isso? Não ter medo de nenhum caminhão e nenhum trânsito. quarta-feira, abril 18, 2007
Astrologia
A astrologia é uma ciência que se baseia em uma série de crenças dos povos da antigüidade, que afirmavam que os astros influenciavam o destino das passoas e da natureza. Esta prática era utilizada pelas elites sacerdotais para diversos tipos de previsões, tais como épocas certas para colheitas, previsões de fatos relativos como previsões de guerras, catástrofes e sucessão de governantes. O que se chama habitualmente de astrologia são as previsões astrológicas de jornal, que definem uma séria propensão para que os capricornianos fiquem atentos pois perigam de conhecer o grande amor de suas vidas, naquele determinado dia. O Sol e o ascendente são apenas dois dos muitos pontos em um mapa de astrológico e é preciso considerar as relações angulares entre estes pontos, ao interpretá-lo. Uma configuração planetária só se repete uma vez a cada 25.858 anos. Por isso, para duas pessoas terem exatamente as mesmas características e passarem pela mesmas experiências de vida, deveriam nascer no mesmo dia, hora, minuto e local. Gêmeos nascem em minutos, às vezes horas diferentes. Seja lá qual foi a configuração astrológica aplicada no último sábado, dia 14 de abril de 2007, às 11h30, esta dita combinação definiu em algum lugar, que eu deveria nascer de novo. Ou não morrer, ou ainda não me foder tanto que tivesse que viver apontando para as coisas com um canudinho na boca. Lá estava eu acompanhando um grupo de ciclistas, pedalando pela Rodovia dos Bandeirantes, já aos 15 quilômetros finais do percurso proposto. Estava naquele exato momento só pensando em poder saborear um suco de milho no Rancho da Pamonha, a poucos kilômetros dali e feliz por estar concluindo o desafio sem grande desgaste. Eis que um motorista de caminhão perdeu o controle e invadiu o acostamento, onde eu me encontrava. Depois da batida, desmaiei na hora e fui só acordar com o resgate próprio da rodovia, que estava pronto para me levar para qualquer hospital indicado. Fora as escoriações e roxos, só ficou a vontade do suco de milho e o medo de voltar a pedalar em estradas. Neste final de semana ouvi algumas histórias de horror de ciclistas que não tiveram a mesma sorte que eu, e de outros que em anos de estrada nunca passaram por problemas parecidos. Se eu quiser continuar treinando ciclismo de longa distância, não vejo outra solução que recorrer às estradas, mas por outro lado tento levantar com amigos outra solução para que não deixe os familiares e amigos de cabelos em pé e que eu me sinta mais segura. Acho que vou perguntar para os astros. segunda-feira, março 19, 2007
Pedala!
A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro movido pelo esforço do próprio usuário através de pedais. Foi inventada no século XIX na Europa e evoluiu rapidamente até o modelo atual das bicicletas. Com mais de um bilhão de unidades em todo o mundo, a bicicleta é usada tanto como meio de transporte, como objeto de lazer e para competições esportivas de ciclismo. É mais ao menos acima que me sinto ao comentar com os amigos da nova modalidade de atividade. sexta-feira, março 16, 2007
Very Truly Yours
O IBGE registriu na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2005 que apenas 16% dos imóveis são alugados no Brasil, enquanto 69,2% já estão quitados e outros 4,2% ainda estão sendo pagos. Achei tudo isso tão estranho, mas entendi ao correr os olhos na linha seguinte, que identifica 60% da população vivendo em favelas e em outros assentamentos precários, o que supostamente não corresponda ao porcentual de pessoas com imóvel escriturado e legalizado.
Este final de semana têm um significado importante pra mim. São 3 anos de casamento, 3 anos de mudança de subdistrito. Meus pais tmb mudaram de casa, foram pra 200 km de distância a 2 meses. Esta semana eu cuidei dos trâmites legais, burocráticos e chatos da venda da casa que tínhamos e deu-se o fim de uma era. A Era Zona Leste. O que é morar na Zona Leste de São Paulo? - É estar presente na maior parte de notícias que envolvem crimes, - É levar mais de meia hora de carro, sem trânsito para chegar em qualquer lugar da civilização, - É poder perceber as diferenças culturais que uma cidade como São Paulo pode apresentar, quando comparando uma simples caminhada no Parque do Carmo com o Parque do Ibirapuera, - Automobilistacamente falando, é a maior concentração de Passats 82, Monzas 85, Fuscas 79 e Chevettes 83 de São Paulo. - É pagar mais barato por combustível, - É conseguir fazer uma escova no cabelo e as unhas da mão por R$20,00, - É perceber, necessariamente um churrasco acontecendo aos arredores nos finais de semana, - É pegar uma lotação e esta estar sintonizada na Transcontinental O município de São Paulo possui 96 distritos, mas é indiscutível que os mais polêmicos encontram-se na Zona Leste. Bizarro é ver um cavalo mexer no lixo da rua e contabilizar 3 cavalos no percurso da sua ida matinal ao trabalho. Outro dia ainda acharam um jacaré de 70cm saindo de um bueiro por lá. É um exemplo claro de que a fauna e flora brasileira possui representações consideráveis por lá. Te garanto que em nenhum outro lugar existam mais Samambaias com histórias de terem sido passadas de geração para geração. Lá no cartório, cuidando da parte burocrática, entre parágrafos contratuais e pensamentos sobre a zona leste, eis que encontro a inspetora da escola estadual onde passei a maior parte da minha vida, na zona leste. Eu sorri, ela me reconheceu. Após os devidos parágrafos reconhecidos, fui lá falar com ela. - Oi, lembra de mim? - Sim, claro, seu nome não é Carla? Eu sorri e a abracei e começamos com aquele papo de sumarizar em 5 minutos sobre como têm sido seus últimos 15 anos. Saí dalí com um nó na garganta, sozinha no carro voltando para o meu atual subdistrito (este que merece comentários posteriores). Era uma mistura de dever cumprido, com expectativas concluídas e final de um período que se conclui. Antes de ir para o cartório, passei na casa que não era mais nossa e peguei as últimas coisas que ali ficaram. Fotos velhas, livros empoeirados, roupas que não cabem mais mas que ainda estavam por lá. Mudar é bom, nos causa estranheza momentânea e saudosismo constante. Vou ter saudades de lembrar dos tempos de jogar voley na rua e fazer o portão de rede, de tomar sorvete a cinquenta centavos, de ouvir minha mãe reclamar do preço da batata que subiu e das atualizações que a amiga dela fez na feira. segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Ou isto, ou aquilo
Ou se tem chuva ou não se tem sol, ou se tem sol ou não se tem chuva Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva Quem sobe nos ares não fica no chão, Quem fica no chão não sobe nos ares É uma grande pena que não se possaestar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheiro e não compro doce, ou compro doce e não guardo dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. Cecília Meireles Ontem fui ao aeroporto buscar dois amigos que voltavam de viagem. Ao esperar pelo vôo que atrasou, fiquei olhando para aquele portão de embarque e pensando em quantas vezes eu podia tê-lo cruzado e não o fiz. Quando resolvi abrir mão daquele emprego naquela multinacional, ou ter feito melhor minha lição de casa sobre "boa convivência corporativa" naquela outra empresa, e ter garantido a minha participação nas muitas viagens e fotos que vejo no orkut dos ex-colegas de trabalho que rolaram depois da minha saída. Ou ainda, aquela máxima sobre casar ou comprar uma bicicleta. E se eu não tivesse feito todos aqueles cursos, nem adquirido aquelas dívidas e tivesse decorado o endereço de todos os albergues de todas as cidades que escolhi em minha lista mental? Aquelas reportagens já devem estar desatualizadas, os cafés não são mais os mesmos. As revistas estão ficando amareladas e amassadas por estarem no fundo do armário. Se eu tivesse escolhido a mochila às costas, teria que carregar a dúvida de não saber se os livros e as panelas teriam peso menores. A gente nunca sabe o sabor das experiências, até vivenciá-las. quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Tchibuuuum!
Natação é uma atividade física que consiste em deslocar-se em meio líquido. A natação era originalmente um meio de sobrevivência do homem, que em tempos primitivos precisava fugir de animais maiores ou obter sua alimentação por entre rios e lagos. Atualmente a natação, em suas várias modalidades, pode ser vista como um método de recreação e esporte. Também existe o nado associado a trabalho, como no caso dos cientistas que investigam a fauna e flora marítimas e dos pescadores. Então nesta última segunda-feira, eu tive a minha primeira aula de natação, em 30 anos. Foi estranho estar ali numa piscina enorme com mais um monte de gente e ser a única ali que não sabia nadar. Acho que um velhinho em alfabetização deve sentir o mesmo, com as devidas proporções. Um dia antes senti aquela ansiedade toda de primeiro dia de aula, como eu sentia pra saber se eu e minhas amigas estaríamos na mesma sala, se a professora não seria chata e se o mocinho que eu paquerava no ano anterior estaria na mesma turma. O caderno e canetas novos ... a expectativa. Fui comprar maiô, óculos e toca de natação como uma criança que pede pra que a mãe leve a caixa de 36 lápis de cor ao invés da caixa com 24. Espero que eu aprenda a escrever meu nome logo. terça-feira, janeiro 30, 2007
Homenagem
Aniversário é uma palavra do latim que significa "aquilo que volta todos os anos". Anniversarius vem de annus (ano) e vertere (voltar). Todo ano é a mesma história, e pra mim, a coisa vem logo no começo do ano. É inevitável pensar no fato de ficar mais experiente antes mesmo de mal ter virado o calendário.
Mas eu não estou nessa sozinha ... pessoas mto bacanas e com as quais me identifico muito também apagaram velinhas em janeiro. O Alecs é O CARA, no sentido absoluto que o termo define. Não imagino mais passar por algumas questões sem considerar a opinião do moço. Somos tão parecidos que entendo muitas das coisas que outras pessoas questionam quando se aproximam do seu universo. E me sinto muito mais confortável com a idéia de poder apagar muitas outras velinhas a seu lado. E saber que a xícara de café estará a poucos andares dali =) Taí uma prova de que o fator tempo não é determinante para que as pessoas nos sejam importantes. Cada qual à sua maneira, os dois ao lado fazem parte da lista de pessoas que a gente sabe que pode ligar às 5 da manhã se estiver precisando de ajuda. E eu desejo a todos, assim como desejo que um dia possam ganhar na loteria ou ser premiado com um número ou nome da sorte na rifa da tia da cantina, ou outro sorvete no palito, que tenham pessoas assim por perto.
Você sabe que a vida é perfeita quando seus amigos são amigos entre si. E quando suas amigas dizem que o seu melhor amigo é um cara legal e bom de se ter por perto. As duas aí são de aquário, e mostram que as similaridades entre as pessoas do mesmo signo podem ser todas colocadas por água abaixo. Gosto muito dos dois tipos. Me deixam sempre à vontade e com vontade de ouví-las (e elas sempre tem muito a dizer). Das pessoas que você sente que terá por perto durante um bom tempo. Nota mental: das coisas boas de se ter um blog.
Costumo dizer que o Alê é o cara de mais velho da idade dele. Tão velho que já tem alguns cursos diferentes (algo como matemática e biologia nas costas), experiência em várias empresas e têm a pretensão de achar que sabe mais do que qualquer outra pessoa sobre assuntos diversos, desde a economia do país a como fazer uma batida de qualquer fruta parecer melhor que qualquer uma que vc já tenha tomado. Pior que sabe mesmo. Eu o respeito, acima de tudo.
domingo, janeiro 07, 2007
Já é 2007, Maria de Fátima
Então 2006 acabou. Fiquei pensando sobre aquelas coisas que pairam nessa época do ano, como presentes de natal e quantos itens da minha lista mental sobre resoluções de ano novo haviam sido cumpridas e se eu tinha outra lista pronta na cartola para 2007.
Me dei conta de que não faço mais listas a algum tempo e que 2006 foi melhor do que eu poderia prever, talvez tenha sido o melhor ano de todos. Se 2007 for ao menos parecido com os meus últimos dias, já considero-me realizada. Eu nunca escrevi nada sobre coisas boas, nem ruins, mas simplesmente não costumo admitir por escrito quando algo bom acontece. Eu não saí da motorização 1.0, ainda faço conta de padaria numa planilha excel para saber se o dinheiro vai dar ou não, não me tornei diretora de nenhuma multinacional e nem renovei o passaporte. Mas assim, 2006 foi tão legal! Com suas idas ao supermercado, filmes que emocionaram, a viagem de casal ou aquela com mais 450693 pessoas, quando é preciso dividir o quarto com um monte de gente, decorar a minha casa comprando um novo tuppeware, os amigos, aniversários, botecos, jantares, jogatinas e sorvetes de domingo à tarde e o aconchego do lar. Reforçar alguns e importantes laços e livrar-se de outros. Simples assim. Segundo uma lenda chinesa, Buda teria convidado os animais de seu reino para uma celebração, mas apenas 12 espécies se apresentaram. Como gratidão, decidiu atribuir aos anos o nome de cada animal, organizados pela ordem de chegada à reunião. Javali foi o último animal a se apresentar para Buda. Sendo assim, o ano deste animal assinala o fim de mais um ciclo do horóscopo chinês, uma ocasião para completar temas não terminados e colher realizações. quinta-feira, novembro 30, 2006
Dinheiro
No início, o homem comercializava através de simples troca ou escambo. A mercadoria era avaliada na quantidade de tempo ou força de trabalho gasta em sua produção. Com a criação de moedas o valor da mercadoria tornou-se independente da força de trabalho. Com o surgimento dos bancos deu-se início a uma nova atividade financeira em que o próprio dinheiro é uma mercadoria.
Semana passada, navegando pelo site do submarino, mas especificamente em promoções de DVD e CDs, encontrei um CD com os 20 clássicos (sic) do Padre Marcelo. Pensei que aquilo agradaria minha mãe e comprei. Dia seguinte numa loja de artigos esportivos, vi uma camiseta linda da seleção portuguesa em promoção (coisas pós-copa). Pensei que aquilo agradaria meu pai e comprei. Ao chegar em casa e presenteá-los deparei-me com frases como: Não tinha branca? Não tem aquele que ele está com as mãos pra cima, o novo? E eu ali pensando: eles nem sabiam que eu poderia ter comprado algo parecido, como poderia saber que deveria ter sido este CD ou a preferência por determinada cor? Hoje na hora do almoço, ao passar por uma ótica, uma amiga se empolgou por um óculos de grife. Ela ali em meio a cálculos e justificativas de parcelamentos em 8 vezes para minimizar a culpa, e eu pensando nos gastos que ela disse que teria que arcar, a 10 minutos atrás, enquanto colocava salada no prato. Eu queria ter dado um chacoalhão nela, mas me limitei a dizer que a lente mais escura ficava melhor. Eu queria comprar uma TV que vi numa promoção. Achei comprador para minha TV atual, mas mesmo assim, não tenho o aval completo para a compra da tal TV, mesmo que eu seja a única pessoa que a custeie totalmente e não dependa de ninguém para adquirí-la. Todo mês o banco cobra R$22,00 a mais da minha conta, algum custo que eles nunca conseguem justicar muito bem, pois não se enquadra no quesito tarifa e nem em qualquer outra situação de imposto. E todo mês eu tenho que ligar para o gerente e dizer algo do tipo: olha, é meu e não seu. Hoje eu tive que depositar R$50,00 na conta do meu pai para cobrir os gastos da semana. Definitivamente a minha relação com questóes financeiras andam estranhas ultimamente. quinta-feira, novembro 23, 2006
Cidades
Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal. A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de habitantes até a dezena de milhão de habitantes. As cidades são as áreas mais densamente povoadas do mundo. No Brasil, o conceito de cidade adotado é o do IBGE, órgão oficial do Governo Federal responsável pelo censo demográfico. Segundo tal critério, qualquer comunidade urbana caracterizada como sede de município ou de distrito pode ser considerada uma cidade, independentemente de seu número de habitantes. Este mês eu tive a oportunidade de estar em duas cidades diferentes, como turista, observando detalhes, conhecendo lugares e culturas, quando possível. Florianópolis é uma das três ilhas-capitais do Brasil (as outras são Vitória e São Luís). Eu fiquei em Campeche, um bairro e distrito do município, cujos manezinhos falam com muito orgulho sobre o visitante ilustre e freqüente da região, o escritor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry (o pequeno príncipe). É uma cidade limpa, tranquila, civilizada (vc coloca o pé na calçada pra atravessar e todos os carros param, igual aqui). A população é simples (a maioria dos títulos das locadoras está ainda em VHS) mas que possui belas praias. Já no Rio de Janeiro, ficamos em Copacabana, o bairro com a maior concentração populacional da cidade. Bons restaurantes, cinemas, bancos, teatros, lojas, praias lindas, ciclovia, bares, boates. Tem tudo de lindo de uma cidade praiana, mas com a facilidade de uma grande cidade. O cariocas por sua vez não tem muita paciência, seja no atendimento, no trânsito ou até em uma simples explicação. Jardim Botânico, Lagoa, Urca, Cristo ... são tantas as opções que me deixou com vontade de mais. Parabéns, sua cidade é linda! quarta-feira, novembro 08, 2006
Dinda
Descendentes são os indivíduos resultantes da reprodução de um par de progenitores, conhecidos como filhos ou crias. Desde o início dos tempos, plantas, homens, animais e bactérias utilizam-se da reprodução (sendo ela sexuada ou assexuada) para a perpetuação da espécie. Meu instinto materno quase inexiste neste exato momento. Meus projetos, atividades e planos não teriam espaço para dividir atenções com fraldas, berçários e mamadeiras. Pode ser que isso um dia mude, como já foi diferente, pode ser que um dia eu olhe para trás e perceba algum vazio que eu acredite que possa ter sido causado pela falta de ter ouvido alguém me chamar de mãe, de não saber como é a experiência de contar para minha melhor amiga que troquei a primeira fralda com toda a segurança do mundo, ou pelo fato de não ter tido projeções futuras sobre alguém que eu pudesse ajudar a crescer, literalmente crescer. Mas daí a vida me presenteia com outra nomenclatura, a de tia. Ser tia é bem legal, você pode participar das fraldas, berçários e mamadeiras, mas com outra perspectiva. É possível sentir-se igualmente boba com um sorriso e também ter as mesmas projeções, só que com menos responsabilidade e participação, claro. Mas pode ser um ótimo exercício para uma idéia futura, seja ela lá como for. Eu recomendo =) quinta-feira, outubro 26, 2006
Música Visual
Em 1929, a cantora de blues Bessie Smith apresenta o que o mundo conhece hoje como o primeiro vide clipe musical da história, o St. Louis Blues. Alguns filmes da Disney anos depois e os Beatles (sempre eles né?) criaram o conceito de vídeo moderno, com A Hard Day's Night de 1964, influenciando um grande número de artistas que viriam a seguir. Mais alguns anos depois, seguidos de festivais importantes como Woodstock e filmes retratando a junção do audio-visual como fez o Pink Floyd em Live at Pompeii Concert Film, alguns artistas, como o ABBA usavam filmes promocionais no início dos anos 70 para promover suas músicas. Antes mesmo da MTV surgir em 1981, alguns grupos apresentavam seus vídeos no Top of The Pops, cuja direção chegava a ser um pouco crítica em relação ao conteúdo exposto, impendindo a veiculação de alguns espertinhos que usaram esta tática para promover seus vídeos e músicas, como Frankie Goes To Hollywood com Relax e Duran Duran em Girls on Film. É claro que o proibido atiça a curiosidade do público e a estratégia deu certo. Interessante perceber como os 2 clipes citados apelam para questões homoeróticas para mostrar polêmica. Com o avanço tecnológico, novos efeitos podem ser inseridos e dar vazão à criatividade de diretores e artistas. Pequenas histórias começaram a ser descritas nos vídeos, como pode ser percebido a partir de Thriller, de 1984, considerado 21 anos depois como o melhor video clipe da história. A história do videoclipe no Brasil teve início em 1975, no programa Fantástico, com a música América do Sul, mas a minha primeira referência no mundo audio-visual veio com o extinto programa Clip Trip da TV Gazeta. Quando consegui ter acesso à MTV, lembro-me do 1o. clipe que eu vi à época: Shiny Happy People. Eu adoro música. Com essa novidade de Youtube, estou adorando rever clipes antigos, conhecer intérpretes de músicas que eu mal sabia o nome direito, músicas originais de regravações que hoje fazem sucesso ou simplesmente conhecer músicas que eu nem sabia da existência, mas que a internet permite essa referência através de temas de interesse e afinidades. Acho que o mais inusitado foi rever essa música, efetivamente prestar atenção no refrão (I'll never be Maria Magdalena / You're a creature of the night / Maria Magdalena / You're a victim of the fight / You need love / Promesse me delight / You need love) e perceber que essa mesma voz é responsavel por aquele trecho que me dava arrepios (Sade dit moi / Sade donne moin) naquela outra música, causando um certo desconforto quando eu tinha 13 anos (sim, eu tinha medo ... rs), mas que muito antes disso, a mesma mocinha de origem alemã causava comoção com uma voz contestável e com hits que chegaram a fazer algum sucesso por aqui. O Youtube não é mesmo algo bem legal? quinta-feira, outubro 05, 2006
Denise está conectada via wi-fi
A 10 anos atrás, uma professora na faculdade pediu para que os alunos assistissem em casa a dois filmes: A rede e Denise está chamando. Dias depois a mesma professora abriu um debate sobre os males da tecnologia para a sociabilização. No primeiro filme, uma das primeiras produções a incorporar a internet como cenário, mostrando a preocupação com a febre pela rede mundial de computadores que se anunciava, a personagem de Sandra Bullock mostrava-se como uma nerd em tempo integral, que trabalha como free-lance em sua casa e não desgruda do computador para nada, nem para pedir uma pizza. No segundo, conta a história de um grupo de amigos e desconhecidos que se comunica apenas por e-mail e telefone e unicamente por estes meios. No debate, lembro-me de ter ouvido frases como: até que ponto a tecnologia vai fazer a mediação do contato entre as pessoas, levando à solidão e ao isolamento? Fazemos parte de uma época totalmente informatizada. Sei da aproximação do aniversário de alguns amigos através do orkut, falo mais através do messenger que telefone com a maioria das pessoas com quem tenho contato, as impressões daquela festa são compartilhadas atráves de um link que destina a algumas dezenas de fotos, não me lembro qual foi a última vez que comprei um jornal, pois leio tudo pela internet, o palm lembra de compromissos, o excel de quanto tenho que pagar este mês, as músicas que eu mais escuto cabem na minha bolsa e quando vejo algo que um amigo próximo gostaria de ter, tiro uma foto, mando pelo celular e dali a pouco, se ele quiser e eu puder, compro (mediante posterior reembolso ... hehehe). Para alguns, a tecnologia permite encurtar distâncias, criar vínculos sociais, otimizar espaços e melhorias cotidianas. Conheci, retomei e perdi contato com muita gente através da internet. Gosto de tecnologia, mas sempre me surpreendo com algumas novidades tecnológicas. Que tal guarda-chuvas que controlam ipods, anéis que lembram data de casamento e espelhos que fazem previsões futuras? Não, obrigada, pra tudo tem um limite. segunda-feira, setembro 25, 2006
Sobre homens e gatos
Tuka: Gato Lolô tá brumbrum no meu colo, tão lindo - rs Carla: Brumbrum? Tuka: Eu falo brumbrum pra ronronar - rs Carla: Adorei! Já adotei o fu, vou usar o brumbrum também Tuka: Que fu? Carla: Qdo eles ficam bravos. Lembra qdo o gato Lolô fez fu pra mim e vc disse: não faz fu pra tia Carla? Tuka: Ahhh ... hahaha mas ele faz brumbrum amiga! rs Carla: Ele faz brumbrum pra vc e marido Tuka: A Nina fez fu pro marido ontem Carla: Pq? Tuka: Ele tava provocando. Gato Lolô tá passeando aqui na mesa do computador agora Tuka: 74888888888888888888888888888 Tuka: Foi ele Carla: Notei .. .rs Tuka: Ele tá aqui me olhando, amiga! Eu mexo o mouse e ele quer pegar, vou lá dar atenção pra ele. Carla: Vai lá, bjs. O diálogo acima foi tratado entre 2 pessoas que convivem e gostam de gatos. Cachorros são bem-vindos por aqui tmb, mas por questões logísticas, onde se tem 2 gatos dificilmente um cachorro viveria com o mesmo conforto. Ao longo dos tempos, os gatos foram amados, temidos e odiados. No Egito o gato era venerado e sagrado, por muitos séculos o gato teve posição privilegiada, porém, no início da Idade Média, juntamente com as bruxas, os gatos foram punidos e tidos como criaturas do mal e muitas vezes eram queimados junto com as mulheres acusadas de bruxaria ou mesmo sozinhos. Fatos históricos à parte, os gatos ainda sofrem preconceito por serem considerados criaturas menos dóceis que os cães, essa comparação é sempre colocada quando alguém pensa em ter bicho de estimação e encontra-se em dúvida entre as duas opções. À sua maneira, pela minha experiência, os felinos podem ser até mais presentes que um cachorro. Há 2 semanas deixaram dentro de uma caixa de papelão cinco gatinhos recém-nascidos em frente a casa de uma mulher que cria e vende cachorros. Acredito que quem fez isso imaginou que os gatinhos pudessem sobreviver se tivessem alguém que os alimentasse, e alguém que cuida de cachorros não se negaria a tratar dos bichanos, certo? Pois bem, a dita mulher não tinha condições pra tal e por mais leite ninho que se desse aos pobres gatinhos, nada supera a dedicação materna neste momento de suas vidas. Hoje, só resta um, que por muita sorte poderá sobreviver. Esse fato me marcou muito esta semana. Por simplesmente ver aqueles gatinhos morrendo um a um sem poder fazer muita coisa, por perceber como existem pessoas insensíveis e proprietários inconscientes que não castram seus bichos e largam filhotes recém-nascidos na rua. Sim, são gatos. Mas são questões de abandono e disso eu entendo muito bem. sexta-feira, setembro 15, 2006
8 Coisas
Amigos são tudo mesmo na vida de uma pessoa. Fazem às vezes de família, conselheiros, irmãos e até designers. Preciso mencionar aqui a disposição de dar uma cara mais agradável a este blog e me inspirar ao descobrir o verdadeiro sentido de ouvir, ler e digerir só o que realmente importa. Um amigo de verdade diz o que pensa e olha nos olhos. Não deixa comentários anônimos.
Um blog é uma página web cujas atualizações (posts) são organizadas cronologicamente (histórico). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, se referir ao mesmo assunto ou pessoa. Seus mantenedores podem escrever com total liberdade de pensamento e escrita, sem a pretensão de receberem prêmio nobel de literatura por isso. Geralmente, blogueiros são pessoas egocêntricas, por isso mantêm um blog. Entende-se aqui como tal, alguém que acredita que sua verdade é legítima, a ponto de publicá-la. Quando unidos, blogueiros tendem ao etnocentrismo, criando padrões de valores frequentemente adotados pelo grupo, como por exemplo, identificar-se ao comentar em um blog. 1 – Eu respeito neologismos, acredito que alguém sempre cria algo novo quando não encontrou nada que definisse sua inquietação. Típico de quem não tem o que fazer. 2 – Em um mundo de espíritos de porco, nada melhor que dispensa cheia! 3 – Observação tão contundente que alterou minha opinião. Noite passada sonhei com o cocô do cavalo do bandido, teria alguma referência a você? 4 – Né? Está começando a me entender finalmente! 5 – Sim Gasparzinho, eu tenho amigos. 6 – Isso pq eu não contei sobre a primeira vez que fui à pedicure. 7 – Voltando ao parágrafo 3, para cada um que passe por aqui, sugiro que abra um blog. Sim, um blog, algo parecido com isso aqui, algo onde escrevo o que EU quero. 8 – Um blog pode ter muitas utilidades, e sempre consigo descobrir novas. A de hoje foi conhecer quem se preocupasse com os existencialismos humanos e me ajudou a desvendar sonhos com o propósito de sugerir auto-conhecimento. Rá! segunda-feira, setembro 11, 2006
6 Coisas
Como parte indicada da corrente pelo Dan, a idéia é falar 6 coisas aleatórias sobre mim, além de ter que indicar mais pessoas a fazerem a mesma coisa. Não sei o que pode acontecer se eu não passar a corrente adiante e também não sei quem lê este blog. Mas sei que gostaria de ler o que o Jorge, Tuka e Juliana diriam sobre o tema.
1. Quando possível, gosto de parar o carro ao lado de colunas ou em locais onde não tenham carros ao lado. Eu sempre acho que a possibilidade de riscarem a porta será menor. Nem que eu tenha que andar um pouco mais no estacionamento, eu sempre procuro pelas colunas. 2. Sempre acho que posso ficar sem comida de uma hora pra outra. Se abro o armário ou a geladeira e vejo que algum item de consumo quase diário (de primeira necessidade principalmente), tenho vontade de sair para ir ao supermercado no mesmo momento que dou pela possibilidade de ausência dos itens em questão. Nem que isso aconteça na véspera de ano novo às 11 da noite. 3. Eu não gosto de sonhar e não gosto de lembrar dos meus sonhos. Na terapia, falar sobre sonhos é mto bem vindo, mas como eu sou curiosa ao quadrado, sempre fico pensando nos diversos significados que os sonhos podem trazer e nunca consigo chegar a nenhum resultado aceitável. 4. Gosto de andar a pé. Gosto de procurar caminhos alternativos e de encontrar coisas diferentes. Pode ser desde um comércio bizarro a uma cor diferente em uma parede. Gosto de perceber tudo por onde eu passo. Calçadas, pessoas, carros, estabelecimentos, cores, programação. E no dia seguinte tudo parece estar diferente. 5. Procuro sempre me dedicar aos meus amigos. Aquela coisa de mandar um e-mail ou ligar quando a algum tempo não falo com alguém, quando leio algo que remete a alguém, sempre tento indicar ou encaminhar. Pensar nos meus amigos toma mais tempo do que eu gostaria dos meus dias. Acho que isso se dá quando se tem uma quantidade de amigos maior do que se consegue administrar, ou quando simplesmente se pensa muito neles. 6. Depois de alguns anos durante a infância usando bota ortopédica, eu me lembro exatamente da sensação de tirá-las ao final do dia. Ficava ali mexendo os dedos e levantando os pés . Hoje, mesmo sem as botas, toda vez que tiro um sapato, seja ele o tênis mais conforável do mundo, sempre me lembro dessa sensação de dedos livres e pés arejados. E é igualmente bom como naquela época. sexta-feira, setembro 01, 2006
É uma casa portuguesa, com certeza
Acho interessante quando descendentes e estrangeiros tentam manter costumes de suas localidades e religiões. Aquela amiga russa que festeja o natal no dia 7 de janeiro, os amigos judeus que saem mais cedo do trabalho para preparar o jantar do dia do perdão.
Meus pais são portugueses e católicos fervorosos, como todo bom filho da terrinha. Minha infância foi regada ao som de Amália Rodrigues e Roberto Leal. Vira-Vira, Tiro-Liros e Cachopas à parte, eu sempre gostei de ouví-los, e viajava mentalmente. Nunca estive em Portugal, mas aos 10 anos, eu queria entender quais eram os cheiros de Lisboa. Um dia ei de conhecer a todos. Um craveiro numa água furtada Cheira bem, cheira a Lisboa Uma rosa a florir na tapada Cheira bem, cheira a Lisboa A fragata que se ergue na proa A varina que teima em passar Cheiram bem porque são de Lisboa Lisboa tem cheiro de flores e de mar quinta-feira, agosto 31, 2006
Felicidade
Felicidade - do Lat. felicitate - s. f., ventura, bem-estar, contentamento, bom resultado, bom êxito, qualidade ou estado de quem é feliz.
- Música do Balão Mágico, Lupicinio Rodrigues, Tom Jobim e Vinicius. - Um resort localizado no Rio Grande do Norte - Um produto oferecido por uma certa emissora de televisão aberta - Uma novela exibida entre 1991 e 1992 por outra emissora - Uma divindidade romana - Um curso oferecido pela Universidade de Harvard - Tema de uma infinidade de livros de auto-ajuda Epicuro dizia que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: liberdade, amizade e tempo para meditar. Já os Cínicos pregavam que a felicidade não depende de nada externo à própria pessoa (coisas materiais, reconhecimento alheio, preocupação com saúde, sofrimento e morte). A libertação de todas essas coisas pode trazer a felicidade que, uma vez obtida, nunca mais poderia ser perdida. Para Daniel Gilbert, professor da Universidade Harvard e autor de Stumbling on Happiness (Tropeçando em Felicidade) todos nós temos três grandes decisões a tomar: onde viver, o que fazer e com quem casar. Ao longo da maior parte da história documentada, as pessoas viviam na região em que nasciam, faziam o que seus pais faziam e se casavam de acordo com suas religiões, castas ou geografia. Isso aumenta significativamente nossa parcela em busca da própria felicidade. Já Jonathan Haidt, psicólogo da Universidade da Virgínia, autor de The Happiness Hypothesis - Putting Ancient Wisdom to the Test of Modern Science (A Hipótese da Felicidade - Submetendo a Sabedoria do Passado ao Teste da Ciência Moderna) acredita que a felicidade demonstra traços hereditários e que algumas pessoas têm a possibilidade de serem agraciadas pela loteria do cortéx. A minha felicidade consiste em poder saborear ao menos uma vez por semana algum prato cujo acompanhamento possa ser creme de milho. sábado, agosto 26, 2006
Plasmas are a girl's best friend
Em recente pesquisa, 77% das entrevistadas preferem uma TV de plasma a um colar de diamante. O estudo revela ainda que apesar da reconhecida paixão feminina pelos sapatos, eles também perdem parada para outros itens tecnológicos: 86% preferem câmeras digitais e 90% preferem um PC a um par de acessórios para os pés, mesmo aqueles assinados por estilistas. Se tivessem 500 dólares para gastar, 37% das mulheres escolheriam um novo iPod, celular, câmera digital ou outro dispositivo eletrônico, enquanto 35% gastariam em roupas, 18% investiriam em uma noite romântica com alguém, 7% fariam um tratamento estético e 4% escolheriam uma noitada com as amigas.
Eu sou da turma que prefere tecnologia a tempos. Mas ultimamente ando preferindo itens domésticos mesmo. Uma amiga esteve em viagem aos Estados Unidos e fiz uma listinha de 2 itens. Simples e razoável mas fiz. Ao telefone, ainda no país do Tio Sam, ela me liga: Eu: E aí, como vão as coisas? Comprou muita coisa já? Ela: A viagem tá ótima e já comprei algumas coisinhas, entre elas um faqueiro. Eu: Desistiu da câmera digital? Ela: Ah desisti. O faqueiro é tão lindo! Acho que nossa paixão por eletrônicos e afins está diretamente ligada à decoração da casa. quarta-feira, agosto 16, 2006
Vinte e nove
Eu percebi que a adolescência ficara para trás quando a leitura da Revista Capricho não me parecia mais tão interessante. A passagem da adolescência para uma fase dita mais madura também se deu de forma clara qdo aquelas matérias repetidas da revista nova sobre como fazer para incendiar sua vida íntima ou como se livrar da celulite em 1 mês me pareciam tão mais interessantes como soam agora. Para a fase mais adulta, revistas de decoração e uma assinatura da super interessante tomam mais parte do meu tempo, e de todas as leituras durante estes anos, foram as únicas que consigo colocar em prática. Seja em uma conversa de bar para poder divagar sobre algo que achei interessante, digno de compartilhar, ou na adaptação de uma peça decorativa ou um móvel indicado na revista (adaptação meeesmo, pq a maioria indicada é de um designer de renome que custa os olhos da cara).
Ter 29 anos é uma indicação estranha. Você é quase uma balzaca, mas ainda não o é efetivamente. Ao tentar comprar um creme anti-sinais, os indicados para os 25 anos não teriam o mesmo efeito, mas você também não está nos indicados para os “a partir de 40”. Questões de família têm muito mais peso quando se passa a decidir por eles. Optar por começar a pagar previdência privada quando se tem 29 não é realmente algo muito inteligente, mas vale o ditado do antes tarde do que nunca. O peso que se ganha leva muito mais tempo para te abandonar e vc tem que ouvir coisas do tipo: “você não tem mais 25 anos”. Aos 29 anos, espera-se que você não tenha mais dilemas sobre caminhos profissionais. Questões como: “Eu ainda preciso saber qual é a minha praia” terão um peso maior ao longo do tempo do que quando se tem 25. Caramba ... são só 4 anos, mas para mim, ao menos, o peso destes 4 anos serviram para definir todas as questões dos próximos 30 anos ou mais. |